Vivendo E Aprendendo A Jogar
- Anelise Santos
- 27 de nov. de 2016
- 2 min de leitura
Como boa Colorada, tenho evitado falar sobre Futebol nos últimos tempos.
Quem já visitou o limbo que é a Série B do Campeonato Brasileiro me entende enquanto torcedor e respeita meu luto. Quem sabe não seja tão LUTO assim, mas aquela fase pela qual todos nós passamos de nos retirarmos, analisar nossos erros, e voltar a dar as caras quando nossos conflitos internos estiverem devidamente resolvidos.
Todos nós, em algum momento, precisamos nos retirar. Sair de cena, de circulação.
Não é fácil, claro. Alguns dizem que estamos metidos e que não aparecemos mais, outros compreendem nosso afastamento e nos dão este tempo para pensar e refletir na nossa própria vida. Tem dias em que nem mesmo nós nos entendemos. Queremos sumir, mas aparece a oportunidade dos sonhos de ir pra um lugar longe e você recusa. Você se queixa dos problemas com os seus vizinhos, e eles se mudam, mas ainda não é isso que você precisava.
Que difícil te entender, hein!?
Quanto ao futebol, ainda na faculdade eu apresentei um trabalho sobre Equilíbrio Financeiro de uma empresa, e escolhi analisar o Sport Clube Internacional. Eram tempos de vacas gordas, tudo andava bem. E para meu azar, ou sorte, o professor era Gremista. Ao final da apresentação, ele me questionou sobre as minhas impressões, e eu claramente o respondi: O futebol é como a vida, não se pode ganhar sempre. E talvez essa seja a graça, para o futebol e para a vida, essa instabilidade, porque nos obriga a lutar pela melhora constante, nos tira da mediocridade e do comodismo.
Se eu ao menos soubesse, no auge dos meus 20 anos, que hoje estaria relembrando tudo isso, quem sabe até teria pensado numa resposta melhor. E quem sabe não haja outra resposta, a não ser esta mesma: de que a vida é um jogo de cadeiras, que temos que aproveitar enquanto estamos sentados para descansar, e dançar conforme a música quando nos tocar estar de pé.
Não é fácil aprender a lidar com estes altos e baixos, ainda mais no mundo em que vivemos, onde ninguém aceita perder e não ter seus caprichos realizados. Onde, quando as coisas não acontecem quando e como queremos, nos basta cruzar os braços e fazer beicinho e um super tutor aparece com a solução em mãos e nos implorando para não chorar!
Quanto ao futebol, não vou me escabelar! Vou fazer o papel do pai que respeita as escolhas do filho, mesmo sabendo que os resultados podem ser desastrosos. Se o Inter escolheu assim, pois bem, que dê cabo das suas escolhas e que se esforce para melhorar, se acha que precisa melhorar. E se julgar que o melhor é ficar na B, OK também. Cada um sabe o que é melhor para si, e eu que não entendo nada de futebol, não vou traçar planos A, B e C para salvar o Inter.
Porém, se houver qualquer coisa que eu possa fazer para me salvar do meu auto-rebaixamento, o farei sem pensar!

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