A Odisseia De Viver A Dois
- Anelise Santos
- 11 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
Quem sou eu pra falar de vida a dois?
Sou alguém que, um belo dia, no meio de uma aula, disse aos meus alunos que estava decidida a casar. E me dava um prazo para casar. E foi justamente assim que aconteceu.
Há quem diga que bem casado é quem bem vive. Sendo assim, sou a mulher mais feliz e bem-casada nesse mundo!
Meus relacionamentos nunca foram exemplos de nada. A não ser de como não se relacionar.
E para mim, a prova de que dessa vez é tudo diferente é perceber que meus amigos me tratam diferente, que as pessoas me veem mais madura e mais pé-no-chão, mais sensata.
Como todo aquele que casa.
Meu atual relacionamento, como tantos outros que conheço, começou numa amizade que tomou proporções exageradas para uma amizade apenas. Assim, namorar e morar na mesma casa é a solução mais rápida para passarmos mais tempo conversando e trocando ideias sobre tudo.
Viver com mais de uma pessoa debaixo do mesmo teto não é tarefa fácil. É preciso muito amor para não desgastar essa relação. Isso explica o fato de morarmos com a nossa família por tanto tempo e aprender a relevar certas discussões.
Mas viver a dois e constituir uma família a partir disso, é uma batalha que poucos topam encarar. Tanto que muitos defendem a ideia de casais morarem eternamente em casas separadas, para manter o frescor do comecinho do namoro durante os anos de casado que virão.
Mas se há algo que a tarefa de viver a dois faz é estreitar os laços. Depois de um tempo, você já conhece o outro só pelo olhar. Vocês pensam a mesma coisa sobre o mesmo assunto - e, se duvidar, ao mesmo tempo! Vocês aprendem a dividir certas tarefas, e a realizar outras tantas juntas. Fazer uma faxina ou preparar um almoço pode se tornar um programa delicioso!
E não é porque a gente vive junto que não respeita a individualidade do outro. Um sai pra cortar a grama enquanto o outro senta no sofá para ler um pouco.
Dividir a casa e a vida com outra pessoa não é nada fácil. Você tem de ser paciente e compreensivo o tempo todo, e ainda assim corre o risco de fazer algo que desagrade o outro. E entenda: a gente não consegue conhecer alguém 100%. Seria excelente, mas não é simples assim.
Mas se eu posso deixar uma única dica, seria esta: não se privem de viver uma experiência como esta. É único, nos faz crescer e é intenso, mesmo quando é calmo.
Você não vai se arrepender!

Foto: Acervo Pessoal
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