Meu Amigo Secreto
- Anelise Santos
- 15 de dez. de 2016
- 1 min de leitura
Meu Amigo Secreto teve um ano de cão. Perdas, tristezas, dificuldades foram presenças frequentes, mas ele não se abalou, colocou um sorriso no rosto, enxugou as lágrimas a foi à luta. Meu Amigo Secreto trabalha 18 horas por dia: limpa a casa, cuida das crianças, lava roupa, responde as correspondências e ainda atura desaforos do gestor - porque quem tem Chefe é Índio, e Patrão é no CTG!
Meu Amigo Secreto, tadinho, faz de tudo pra agradar, e ainda tem gente que menospreza seus esforços: é bom pai, bom marido, trabalhador dedicado, mas não sabe disso - ele anda sempre tão ocupado que não tem tempo de escutar um agradecimento sincero ou um elogio.
Meu Amigo Secreto ri de piadas bobas, chora no último capítulo da novela, coleciona livros e jura de pé junto que, se tivesse mais tempo, teria lido todos eles.
Meu Amigo Secreto sonha com um mundo melhor, mais justo, menos corrupto e menos extremista. Meu Amigo Secreto quer paz, mas não pise nos calos dele!
Meu Amigo Secreto não pediu presente, e conhecendo-o bem, imagino que se não fosse para cumprir as formalidades da festa, ele pediria o presente em ração para cães de uma ONG ou brinquedos para um orfanato. O coração dele é o maior do mundo!
Meu Amigo Secreto me ensinou que, nesta brincadeira, nosso melhor presente, é justamente o que a pessoa diz a nosso respeito, como ela nos vê, e não o que vem embrulhado em papel de presente. O maior presente que um Amigo Secreto pode nos dar vem embrulhado em um abraço.
Sempre!

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